PREVENÇÃO

Especialista alerta os riscos de dirigir sob efeito de drogas

Por Victor Brasil - Agência Alagoas 28/04/2018 - 09:34

ACESSIBILIDADE

Foto: Ascom/Seprev
Foto: Ascom/Seprev

Além de ilegal, o uso de qualquer substância psicoativa torna altamente inseguro o ato de dirigir, da mesma forma que dirigir depois de consumir bebidas alcoólicas. Dirigir sob o efeito de drogas, seja elas lícitas ou ilícitas, põe em risco não só o motorista, como os passageiros e outros que compartilham a estrada.

Segundo o psicólogo e especialista em dependência química da Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev), Amilton Júnior Amaranto, os efeitos das drogas diferem, dependendo de como elas agem no organismo e no sistema nervoso central, mas todas prejudicam as faculdades necessárias para a operação segura de um veículo. “Estas faculdades incluem as habilidades motoras, o equilíbrio e a coordenação, percepção, atenção, tempo de reação e julgamento”, explica.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Fiocruz, em 2012, aproximadamente 3% da população brasileira com mais de 12 anos de idade relataram já ter conduzido veículos sob a influência de drogas.

No Brasil, dirigir veículo sob influência de substância psicoativa é crime previsto no artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro, o que inclui, além do álcool, todos os tipos de substâncias psicoativas que determinem dependência.

“É claro que cada pessoa tem a sua reação, mas, de forma geral, quando o motorista está sob efeito de drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas, apresenta uma redução da capacidade de avaliar vários fatores necessários para dirigir, como o reflexo. A maconha, por exemplo, inibe a agilidade da reação”, explicou o psicólogo.

O especialista chama a atenção ainda para o crescente número de pessoas na utilização de loló - entorpecente preparado clandestinamente a base de clorofórmio e éter.

“Levando em consideração o quantitativo, hoje o loló só perde para a maconha, principalmente no número de adolescentes fazendo uso destas drogas. Estão tendo vários relatos de usuários de loló que tiveram paradas cardíacas”, disse Amilton Júnior Amaranto.


Encontrou algum erro? Entre em contato